segunda-feira, 11 de abril de 2011

A Exceção que mexeu com a minha família

Contei aqui que produzimos uma revista e hoje quero contar o sucesso que a edição está fazendo na minha família. No post sobre a Exceção de 2010 falei que minha matéria merecia um post especial e aqui está.

Cresci escutando histórias de marinheiros, admirando os rios e adorando passar um dia a beira deles. Vi inúmeras fotos, aprendi que barcos tinham nomes e eram tratados em falas como se fossem pessoas mesmo. A Brasileira ou quem sabe a Maria Luísa. Tudo isto porque o meu vô, Alexandrino Manuel do Nascimento foi marinheiro e minha vó, também. Os primeiros filhos nasceram quase que dentro do barco, quando a tropa começou a aumentar a dona Ledi se tornou somente mãe e dona de casa, deixou de ser marinheira. E foi esta riqueza de história de vida que eu tirei como base para escolher a minha pauta, que se encaixasse como exceção.

Fui atrás dos únicos marinheiros vivos em Rio Pardo antes que esta história se perdesse pelas águas dos rios do Rio Grande do Sul. Tive uma lição de vida a cada entrevista, conversei com o seu Edo, amigo do meu vô e que trabalhou anos em embarcações. E também com a minha vó paterna, marinheira e esposa de marinheiro. Me emocionei inúmeras vezes, perdi a conta de quantas vezes meus olhos se encheram de lágrimas. Sem contar que levei meu pai junto, afinal ele que conseguiu as fontes e ele que contou histórias sobre o mundo das gasolinas (assim eram chamados os barcos pelo produto que carregavam).


Fiz as fotos no domingo das eleições, aí o pai, a vó e eu. O clique é da mãe.


Foi num conjunto de boas histórias e fotos iluminadas por um domingo de sol que eu ganhei as páginas centrais da revista. Sabe, abre aleatoriamente, cai na minha matéria. Lindona! =)

Mas, não é por isso que ela fez sucesso na minha família e sim porque conta a história da minha vó e por consequência dos meus tios. Estes que estão disputando, quase que, a tapa cada exemplar da Exceção e quando eu entrego um saem mostrando para todo mundo, cheios de orgulho por terem a histórias deles contada ali. Meu vô morreu cedo, meus tios assumiram compromissos de gente grande antes do que esperado. Vi na procura deles pela revista um orgulho sobre aquela história que nunca havia visto em nenhum. Porque convenhamos, Nascimento deve ser durão, não pode chorar e nem demonstrar muito o que está sentindo.

Alcancei algo que nunca imaginei e o fato está me enchendo de orgulho.

Para ler a revista e a minha matéria na integra, confere no site da revista.

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