quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Na íntegra: a minha fala na festa da formatura

Foi com as palavras mais sinceras e escritas com o coração que arranquei lágrimas de quem dividiu comigo a noite de 20 de janeiro de 2012 e os cinco anos de Unisc. Um agradecimento especial e necessário.

Já chorei o bastante pela data de hoje, e também já falei. Mas, não posso deixar passar em branco esse dia que pra mim é a marca final de uma etapa, um sonho. Não realizei sozinha, e preciso lembrar algumas pessoas. Não vou conseguir que a minha memória nomeie todos, me perdoem aqueles que eu não citar, tenham certeza que guardo todos no meu coração.

Foram cinco anos entre manhãs, tardes e noites, vividas na Unisc ou em torno dela. Não venci a rotina puxada atoa, fiz porque eu queria. Mas, só para constar, eu passei pela Fisioterapia. Não sei por que, nem pra quê, já que na ficha dos 15 anos eu respondi que queria ser jornalista. Bastou uma aula de anatomia e uma de bioquímica, para lembrar o que eu realmente iria seguir.

Comecei aos pouquinhos, duas disciplinas, depois quatro e assim foi, cheguei a fazer sete disciplinas. Vivi entre os blocos 14 e 15, descobri uma segunda família e bons amigos. Tive certeza que professor também é amigo, que são poucos os colegas que vão com a gente até o último semestre.

Não perdi uma oportunidade, fui foca, bolsista, voluntária, fui aluna. Não fiz nada sozinha, aprendi que o jornalismo é muito melhor quando é feito em equipe. Devo a agência A4 a minha experiência, cada professor, cada colega. Sei que sou chata, que dou piti, mas quero ver a coisa feita. Se não fosse o trabalho de monitora, eu não entenderia a rotina do Gaz.

Aprendi que os números fazem parte da comunicação, que a foto não é só apertar um botão e que o lead tem que responder cinco perguntas básicas. Enfim, foram cinco anos que eu podia falar por horas. Mas, vamos as coisas práticas.

Entre decisões e indecisões tinha meu anjo da guarda na terra comigo, ela levantou diariamente nas madrugadas pra me levar até a parada, fazia o meu sanduíche e me lembrava do iogurte e do dramin. O lanche me rendeu várias perguntas na faculdade e um dia eu escutei: não tem vergonha com essa idade trazer o lanche feito pela tua mãe? Ora ter vergonha, tenho ela comigo e vou aproveitar enquanto puder. É dona Nadir, se não fosse tu do meu lado, acho que eu não conseguia. E tu sabe que eu devo tudo a ti.

Na retaguarda e não acordando cedo comigo, tive os homens da minha vida. De gênios parecidos com o meu, eles demoraram pra entender o que queria e porque eu tinha escolhido aquele caminho. O seu Betinho e o meu Zé ajudaram, do jeito deles, a realizar o meu sonho. É, amo vocês.

Há sete anos, ganhei um dos meus melhores presentes, um boneco que cresceu e ensinou a Má que a frase “como passa rápido” faz o maior sentido. Foi com o Pepê que eu passei um ano que não estudei, e os meus melhores dias.

Quando eu achei que não ia amar mais do que amava ele, uma Fadinha veio por um acaso e encantou a minha vida e de toda a família. A Tinda fica babando a cada gesto, a cada palavra. É Pri, quem diria que seríamos comadres. Devo a essas duas pessoinhas a minha válvula de escape no semestre mais difícil, o da monografia, nos finais de semana era com eles que eu esquecia o meu maior problema.

Os cinco anos me reservaram uma surpresa, se no primeiro dia eu não fazia ideia de quem era quem. No último eu tinha certeza que tinha tido a melhor dupla.

Foi com ela que eu peguei o primeiro exame e com ela que encerrei o curso com um dez no projeto experimental. Foi ela que me acompanhou durante a monografia, me viu chorar e estava lá no dia da apresentação. Pois é, Daiane Holdefer, que a nossa parceria não acabe por aqui. E é pela Daia que eu agradeço também as minhas amiguinhas, que aguentaram o meu mau humor.

De uma herdei a preguiça, da outra algumas manias. A Vó Ledi foi a minha fonte de uma das matérias que mais gostei, foi a exceção que mexeu com a minha família. Foi da história dela que eu vi a oportunidade de uma bela pauta que fez os Nascimentos durões por natureza quase brigarem por um exemplar da revista. A Vó Carminha me cuidou, me encheu de manias, é eu fui mimada e cuidada pela vó. São dela os melhores doces, aqueles que vocês puderam ter uma pequena amostra hoje. Só ela sabe fazer mucreco. E o pastel? Esse não tem igual, até o Leozinho já sabe pedir. E não posso esquecer, a Vó Carminha ensina que não se deixa comida no prato e o copo não precisa encher até a boca, é falta de educação. Pois é, devo as minhas vós boa parte da minha educação e personalidade.

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