quinta-feira, 17 de julho de 2014

Sério que preciso esperar quatro anos?

É isso mesmo? Tenho que esperar mais quatro anos para ver mais uma Copa do Mundo? Que coisa deprimente. Gosto da Copa, do ar do Mundial, da overdose de jogos, da integração dos povos. Já contei aqui no blog minhas experiências com Copas e as minhas expectativas para 2014, e que não se confirmaram – em partes.

Terei do que lembrar, sim, mas não é algo tão bom assim. A Seleção Brasileira, pentacampeã, levou sete gols da Alemanha, SETE e não foi mais por sorte. E o Oscar, aquele que eu queria que fosse o cara da Copa do Mundo do Brasil, pelo menos fez o gol de honra no jogo do vexame. Uma semifinal histórica e um final no amargo quarto lugar, que convenhamos foi merecido. O time do Brasil não fez nada demais e astronômico que merecesse muito mais.

Vi um time ser campeão, sim um time e não um craque. Uma equipe, foi assim que a Alemanha foi tetracampeã. Poderia ficar ao longo de vários parágrafos descrevendo tudo que me encantou neles aqui, mas vou citar quatro coisas: - a simpatia deles com o povo da Bahia onde ficaram concentrados durante o Mundial, o espeito na goleada contra o Brasil com comemorações contidas mesmo com sete gols, o Podolski e as postagens dele no Twitter em português incluindo hastags como #sabadenadainocente e na hora de levantar a taça de campeão, quando não só o capitão fez o tão famoso gesto lançado por um brasileiro no bicampeonato canarinho, e sim um por um dos jogadores e o técnico com todos comemorando em volta.

Enfim, a Copa acabou e ainda é estranho que a programação da TV tenha voltando ao normal, que dias de jogo do Brasil não terão clima de sexta-feira em plena segunda e por aí vai. Das minhas expectativas: o Oscar não foi o cara. O Jô não foi o Gabiru, mas jogou mais que o Fred (cone). Aliás, o título de Gabiru da Copa do Mundo 2014 eu dou para o Götze, que saiu do banco da Alemanha e fez o gol do título no segundo tempo da prorrogação.

Depois de um mês posso dizer que vivi uma Copa no Brasil, não a nenhum estádio, mas foi no meu país. Cresci escutando que em 1950 o Mundial havia sido aqui, que o Brasil perdeu na final. Agora eu posso contar que a Copa do Mundo 2014 entrou para a história com 171 gols, empatada com o Mundial de 1998 na Austrália. A Costa Rica foi a zebra, passou pelo temido grupo da morte e chegou as quartas. Itália, Inglaterra, Espanha e Portugal voltaram para casa ainda na primeira fase. O Brasil seguiu com mais sorte que juízo. A Alemanha mereceu. A Argentina bateu na trave de ganhar uma Copa no Brasil, já imaginou o que seria o bullying? Mas, confesso, senti pena deles depois do gol alemão. Já passou.

O Gigante da Beira-Rio sediou jogos memoráveis. A festa de abertura foi sem graça, apagada e nada brasileira. O encerramento foi bem mais legal, teve samba e Ivete Sangalo. Até o Fuleco apareceu. Os brasileiros acharam o máximo vaiar a presidente no estádio no primeiro e no último jogo da Copa, só esqueceram que essa era a imagem que estava indo para o mundo todo e que fica bem mais bonito vaiar político na urna. Os protestos não aconteceram na grandiosidade que estava sendo prevista. Os que agouravam a Copa morderam a língua, ao que parece deu tudo certo e saiu tudo lindo.

Agora acabou, é preciso esperar quatro anos para ouvir novamente o “oeaaaaa” da musiquinha da Fifa na abertura dos jogos. A Rússia nos aguarda em 2018. Sobre ouvir o hino brasileiro no estádio cantado à capela, é inexplicável e as crianças que entravam com a Seleção cantando abraçadas, de arrepiar. Para isso, precisamos de jogos no Brasil. Agora resta o Brasileirão e o Inter, que costuma ter sorte em anos de Copa do Mundo.

Ah, acha que não vai aguentar esperar quatro anos? Então vista o PixelTilt e relembra 19 games de futebol.

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